Israel suspende restrições em Gaza para tentar acalmar clamor internacional pela fome
Israel flexibiliza ajuda humanitária em Gaza após pressão internacional. A suspensão temporária de operações militares visa facilitar a distribuição de suprimentos em meio à crise de fome no enclave palestino.
Israel revoga restrições à ajuda humanitária para Gaza, buscando acalmar a crise de fome no território.
As Forças de Defesa de Israel suspenderam operações militares contra o Hamas no domingo (27), permitindo a movimentação de comboios da ONU e restaurando a eletricidade para uma usina de dessalinização pela primeira vez desde março.
O Programa Mundial de Alimentos da ONU indica que os 2,1 milhões de habitantes de Gaza enfrentam níveis críticos de insegurança alimentar. A raiva internacional aumentou devido a relatos de crianças em situações extremas.
Israel começou a enviar suprimentos de alimentos por paraquedas, após negações de um cerco humano. Danny Danon, embaixador de Israel na ONU, citou uma "campanha cheia de mentiras" em relação à fome em Gaza.
A decisão de reverter a política de ajuda humanitária seguiu uma crise diplomática casual envolvendo a negativa israelense de ser responsável pela fome em Gaza. Mahmoud Mardawi, do Hamas, chamou a ação de Israel de "confissão tardia e distorcida do crime".
Negociações para uma nova trégua falharam na semana passada. Tropas israelenses invadiram 75% da Faixa de Gaza, contornando áreas onde o Hamas retém reféns.
O ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, e outros membros do governo de Netanyahu se opõem à suspensão de ataques ao Hamas, enquanto Netanyahu busca "opções alternativas" para recuperar reféns.
Mais de 59.000 palestinos foram mortos, conforme o Ministério da Saúde do Hamas. Israel lançou a ofensiva após um ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Comboios de ajuda da Jordânia e Egito chegaram a Gaza, e os israelenses estabeleceram corredores humanitários em coordenação com a ONU.
Após abandonar a rede de ajuda da ONU, Israel lançou uma iniciativa apoiada pelos EUA que, segundo a fundação correspondente, não conseguiu atender a toda a população de Gaza.