Israel intercepta barco com ajuda humanitária que seguia para Faixa de Gaza
Barco humanitário é desviado por Israel enquanto ativistas tentam levar ajuda a Gaza. Greta Thunberg e outros passageiros foram informados de que devem retornar aos seus países de origem.
Barco humanitário ‘Madleen’, com ajuda a Gaza e a bordo ativistas, incluindo Greta Thunberg, foi desviado por autoridades israelenses na madrugada de segunda-feira (9).
Israel afirma que os passageiros devem “retornar aos seus países” e diz que a “pequena quantidade de ajuda” será transferida a Gaza por canais humanitários reais.
O veleiro, da Coalizão da Flotilha da Liberdade, partiu da Itália em 1º de junho com o objetivo de romper o bloqueio israelense. Doze ativistas de diversos países tentavam acessar Gaza, que enfrenta uma crise humanitária após mais de um ano e meio de guerra.
A embarcação foi abordada pelo Exército israelense em águas internacionais, segundo a ONG. Thunberg afirmou em vídeo que foram “interceptados e sequestrados” durante a ação.
A FFC denunciou a abordagem como uma “clara violação do direito internacional”. O Irã condenou a interceptação, chamando-a de “ato de pirataria”. Os passageiros serão desembarcados no porto israelense de Ashdod.
O governo de Israel acusou Thunberg de tentar provocar uma “publicidade midiática”. O ministro da Defesa, Israel Katz, reiterou que o país não permitirá a violação do bloqueio marítimo, destacando a luta contra o Hamas.
A situação em Gaza, segundo a OMS, é crítica, com o colapso do sistema de saúde. Até o momento, mais de 54.770 palestinos morreram durante a operação militar israelense, enquanto 1.218 israelenses, a maioria civis, foram mortos desde o início da guerra.
O ataque do Hamas ocorreu em 7 de outubro e resultou em sequestros, com 55 pessoas ainda em cativeiro, e ao menos 31 conhecidas mortes.
Esta não é a primeira vez que uma flotilha tenta romper o bloqueio de Gaza; em 2010, uma operação militar israelense resultou na morte de 10 ativistas em uma missão similar.
Com informações da AFP