Israel está muito próximo de 'um crime de guerra', acusa Ehud Olmert, ex-primeiro-ministro do país
ONU denuncia restrições de Israel à ajuda humanitária em Gaza enquanto ex-primeiro-ministro Olmert critica ações do governo Netanyahu. A situação se agrava com milhões de palestinos enfrentando escassez de alimentos e conflitos em intensificação.
ONU acusa Israel de restringir a entrega de alimentos na Faixa de Gaza, onde dois milhões de pessoas passam fome. A crítica vem dois dias após o país abrandar o bloqueio à entrada de ajuda humanitária.
Ehud Olmert, ex-primeiro-ministro israelense, denunciou as ações de Israel como “muito próximas de um crime de guerra”. Ele condena o governo de Benjamin Netanyahu por travar “uma guerra sem propósito”, resultando em muitas mortes de palestinos.
Apenas cinco caminhões de ajuda humanitária entraram em Gaza até a tarde de terça-feira (20), segundo a ONU. Os trabalhadores humanitários não puderam distribuir a ajuda por falta de permissão.
O governo israelense havia autorizado a entrada de “cerca de 100 caminhões”, mas apenas os cinco chegaram efetivamente à população. Israel contesta essa informação, alegando que 93 caminhões entraram no enclave.
Pascale Coissard, do Médico Sem Fronteiras, classificou a ajuda liberada por Israel como “ridiculamente inadequada”, afirmando que a medida visa reduzir as acusações de que Israel está causando fome na região.