Israel e Irã trocam novos ataques no quarto dia de conflito

Conflito entre Israel e Irã aumenta em intensidade, com novos ataques ocorrendo neste domingo.

As equipes de resgate israelenses buscam sobreviventes nos escombros de prédios destruídos por ataques iranianos. Ao menos 10 pessoas, incluindo crianças, foram mortas, elevando o total de vítimas israelenses desde quinta-feira para 14.

O Irã reportou pelo menos 128 mortes devido aos ataques israelenses, sendo 60 no sábado, a maioria crianças. Um míssil atingiu um prédio de 14 andares em Teerã.

O Exército de Israel alertou os iranianos próximos a instalações militares para evacuarem. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente dos EUA, Donald Trump, indicaram que os ataques serão intensificados. Israel possui uma lista de alvos no Irã, incluindo armazéns de combustíveis de uso militar e nuclear.

Trump elogiou as ações de Israel, desmentindo alegações de envolvimento dos EUA e alertando o Irã contra retaliações a interesses americanos. "Se formos atacados, responderemos com força nunca vista antes", disse Trump.

As negociações dos EUA para restringir o programa nuclear iraniano foram prejudicadas pelos ataques, segundo o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, que afirmou que o país age em autodefesa.

Israel, que não é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear e acredita-se que possui armas atômicas, visa impedir a construção de uma arma nuclear pelo Irã.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) declarou que o Irã está violando suas obrigações no TNP.

Em Israel, sirenes de ataques aéreos alarmaram a população, levando cerca de 1 milhão de pessoas a abrigos. Explosões foram ouvidas em Tel Aviv e Jerusalém com a interceptação de mísseis.

Os houthis, aliados do Irã no Iémen, realizaram o primeiro ataque com mísseis contra Jaffa, perto de Tel Aviv, desde o início do conflito.

No entanto, os aliados regionais do Irã estão enfraquecidos após os conflitos contra o Hamas em Gaza e ataques ao Hezbollah no Líbano.