Israel corta acesso, e palestinos ficam sem água potável na Cidade de Gaza
Moradores da Cidade de Gaza enfrentam grave crise de água potável após intensificação dos bombardeios israelenses. Com acesso drasticamente reduzido, eles precisam caminhar longas distâncias em busca de fontes de água limpa.
Centenas de milhares de palestinos estão sem acesso a água potável na Cidade de Gaza devido aos bombardeios israelenses que destruíram o encanamento.
Moradores agora precisam caminhar quilômetros para encontrar água limpa, segundo autoridades locais.
Após o fim do cessar-fogo, Israel intensificou bombardeios e investidas por terra, resultando em centenas de mortes de civis.
As Forças Armadas israelenses afirmaram estar em contato com organizações internacionais para consertar as "avarias" no encanamento do norte da Faixa de Gaza.
Elas também informaram que os canos do sul ainda estão operacionais e que os palestinos têm acesso a caminhões-pipa e poços artesianos. Contudo, a Oxfam denunciou que 88% dos poços estão inutilizáveis.
Desde o início da guerra em outubro de 2023, mais de 50 mil palestinos foram mortos. As Nações Unidas relatam que os 2 milhões de habitantes da Faixa de Gaza sobrevivem com apenas 3 a 5 litros de água por dia, enquanto o mínimo recomendado em emergências é de 15 litros.
Israel emitiu novas ordens de retirada para civis no norte, alegando operações contra infraestrutura terrorista. No sul, o cerco à cidade de Rafah foi concluído, obrigando civis a se amontoarem em uma pequena faixa de território junto ao mar.
As Forças Armadas referem-se à área de Rafah e Khan Younis como o "eixo de Morag", um assentamento que existiu até a retirada israelense em 2005.