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Israel bombardeia Líbano e volta a quebrar cessar-fogo com Hezbollah

Ataques israelenses em Beirute provocam fuga em massa na véspera do Eid al-Adha. A operação é considerada uma violação do cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos e reacende tensões na região.

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira (5) em Beirute, forçando milhares a deixar suas casas na véspera do Eid al-Adha. Os bombardeios, segundo autoridades libanesas, violaram o cessar-fogo mediado pelos EUA, que vigora desde novembro, após um ano de conflito com o Hezbollah.

Foram registradas ao menos dez explosões na região de Dahiyeh, reduto do Hezbollah. Esta é a quarta vez que a área é bombardeada desde o início da trégua, que exige o desarmamento do grupo e de outras milícias no Líbano.

O Exército israelense afirma ter atingido infraestruturas para produção de drones em zonas residenciais, alegando que estavam sob financiamento do Irã. O Hezbollah não comentou, mas já negou ter bases em áreas civis.

Uma autoridade libanesa relatou que o Exército local recebeu aviso sobre armazenamento de material militar nos locais bombardeados, mas não encontrou nada. Tentativas de novas buscas por parte dos militares libaneses foram barradas por disparos israelenses.

Além de Beirute, Ain Qana também foi bombardeada. O Escritório da ONU no Líbano condenou os ataques, citando "pânico renovado" antes da celebração muçulmana. O presidente Joseph Aoun e o primeiro-ministro Nawaf Salam classificaram os bombardeios como uma "violação flagrante" de acordos internacionais.

Atualmente, Israel continua realizando ataques no sul do Líbano e mantém a ocupação de cinco posições estratégicas. Beirute já foi bombardeada três vezes durante o cessar-fogo, em resposta a disparos de foguetes, que o Hezbollah nega ter realizado.

O conflito atual, que começou em outubro de 2023, foi desencadeado por disparos de foguetes do Hezbollah em apoio ao Hamas. Israel retaliou com bombardeios que resultaram na morte de milhares de combatentes e na destruição significativa do arsenal do Hezbollah.

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