Israel autoriza 22 novos assentamentos judaicos na Cisjordânia
Israel avança na expansão de assentamentos na Cisjordânia enquanto guerra em Gaza persiste. A ação gera críticas de organizações de direitos humanos e provoca reações negativas da comunidade internacional.
Governo de Israel autoriza a criação de 22 novos assentamentos judaicos no norte da Cisjordânia ocupada.
O anúncio foi feito pelo ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, em meio à guerra na Faixa de Gaza.
Os assentamentos incluem “postos avançados” já existentes. Smotrich defende a soberania israelense sobre a Cisjordânia, embora essa ocupação seja considerada ilegal pelo direito internacional.
Atualmente, cerca de 700 mil colonos vivem entre 2,7 milhões de palestinos em territórios ocupados por Israel desde 1967.
A presença israelense aumentou após o conflito com o Hamas, iniciado em 8 de outubro de 2023.
Yisrael Ganz, presidente do Conselho Yesha, elogiou a decisão como “histórica” e um reforço à segurança.
A organização de direitos humanos B’Tselem acusou o governo de promover “supremacia judaica” e criticou a comunidade internacional por permitir tais ações.
O grupo Breaking the Silence afirmou que a decisão legitima colonos violentos.
O porta-voz da Autoridade Palestina, Nabil Abu Rudeineh, chamou os assentamentos de “escalada perigosa” e acusou Israel de obstruir a criação de um Estado palestino.
Representantes do Hamas consideraram a medida parte da “guerra contra o povo palestino” e pediram ações de EUA e UE.
Hamish Falconer, ministro britânico, também condenou os assentamentos como ilegais e prejudiciais à solução de dois Estados, com alertas de possíveis sanções de países como Reino Unido, França e Canadá.