Israel atacou escolas transformadas em abrigos na Faixa de Gaza de forma deliberada, diz jornal
Israel intensifica ataques aéreos a escolas na Faixa de Gaza, resultando na morte de civis. As operações visam supostos alvos do Hamas, mesmo com a presença de pessoas vulneráveis, segundo autoridades.
Forças de Israel realizaram ataques aéreos em escolas usadas como abrigos na Faixa de Gaza, conforme reportado pelo jornal britânico The Guardian.
Os ataques, parte de uma estratégia deliberada, resultaram na morte de mais de 120 pessoas nas últimas semanas. Ao menos seis prédios escolares foram atingidos desde outubro de 2023.
Após um afrouxamento dos controles internos sobre operações contra o Hamas, bombardeios foram autorizados mesmo com a presença de civis. O ataque mais recente, no dia 26 de outubro, deixou quatro mortos em uma escola em Deir al-Balah.
O Exército israelense justificou os ataques alegando que mirou locais "usados por terroristas" e que medidas para mitigar danos à população civil foram tomadas. No entanto, a escola atingida estava entre os alvos estratégicos.
Segundo a ONU, 95% das escolas de Gaza sofreram danos desde o início da guerra, com cerca de 400 instituições diretamente atingidas por bombardeios. O ataque mais letal foi em 25 de maio, onde 54 pessoas morreram na escola Fahmi al-Jarjawi.
Nos últimos meses, edifícios escolares e hospitais passaram a ser classificados como "centros pesados" pela autoridade militar israelense, que afirma que são utilizados por terroristas e civis. Um porta-voz do Exército declarou que as operações seguem critérios de "necessidade militar" e respeitam o direito internacional, enquanto acusa o Hamas de usar escolas para fins militares.