Israel arrisca tudo em cartada final contra o Irã
Ataque de Israel ao Irã marca escalada no conflito e provoca desdobramentos regionais inesperados. A retaliação israelense pode custar caro, com riscos de uma reação em cadeia no Oriente Médio e impactos na economia global.
Anticipado ataque israelense ao programa nuclear iraniano ocorreu nesta sexta (13), resultando na decapitação do comando da Guarda Revolucionária.
Essa ação é uma conclusão lógica do caminho do governo Binyamin Netanyahu após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.
O ataque brutal do Hamas provocou um redesenho do Oriente Médio, mas não necessariamente trará bons resultados para Tel Aviv.
A retaliação de Israel incluiu a obliteracão da Faixa de Gaza e a transformação do Hamas em uma força guerrilheira.
Israel também travou uma rápida guerra contra o Hezbollah, desfigurando sua capacidade de defesa. Os houthis do Iémen emergiram como novos atores no conflito, mostrando um potente arsenal de drones e mísseis.
Netanyahu vê um momento favorável para Israel, apesar das pressões internas e da mortandade em Gaza.
O conflito entre Irã e Israel se intensificou, com ataques diretos entre ambos pela primeira vez.
Com o Irã enfrentando fraquezas internas, Netanyahu optou por atacar, evidenciando quão longe Israel está disposto a ir. O recente ataque é uma cartada final contra o programa nuclear iraniano, que visa destruir Israel.
A AIEA confirmou que o Irã está em descumprimento de obrigações de transparência, legitimando a ação de Netanyahu.
Washington é central na equação. O presidente Donald Trump reabriu negociações, enquanto se preparava para um potencial ataque militar.
As consequências incluem uma possível retaliação severa e impactos na economia global, especialmente com o risco de fechamento do estreito de Ormuz.
A situação permanece incerta, com promessas de ataque aos EUA por parte do Irã e a possibilidade de que o regime teocrático se desintegre. Entretanto, guerras tendem a unir sociedades divididas.