Israel aprova moção simbólica que pede anexação da Cisjordânia
Knesset aprova moção simbólica para anexação da Cisjordânia, intensificando a pressão política sobre o governo israelense. A medida, embora não vinculativa, pode agravar as tensões com a comunidade internacional e impulsionar a construção de assentamentos na região.
O Knesset, parlamento israelense, aprovou na 4ª feira (23.jul.2025) uma moção simbólica pedindo a anexação da Cisjordânia.
Israel controla a região desde a guerra dos 6 dias, em 1967, mas a maioria das autoridades internacionais considera a ocupação irregular e a reconhece como parte de um futuro Estado palestino.
A moção foi aprovada com 71 votos a 13, não obrigando o governo a nenhuma ação, mas criando pressão política para formalizar a anexação.
Documentos afirmam que Israel deve estabelecer “sobernia, lei, jurisdição e administração” sobre todas as áreas de assentamentos judaicos na Judeia, Samaria e no Vale do Jordão.
Israel sustenta que a Cisjordânia é uma região histórica “inseparável” e defende que é necessária uma “iniciativa estratégica, moral e de segurança” para manter o controle.
Amir Ohana, presidente do Parlamento, declarou: “Em 1967, a ocupação não começou; ela terminou. Os judeus não podem ser os ‘ocupantes’ de uma terra que há 3.000 anos se chama Judeia.”
O governo de Israel já constrói assentamentos na Cisjordânia desde 1967, com expansões significativas a partir dos anos 2000, impulsionadas pelo partido Likud.