Israel ameaça fazer do Oriente Médio um único campo de batalha, diz Lula
Lula critica a seletividade na defesa do direito e da justiça em relação ao Estado palestino. Ele também defende que o diálogo é a única via para a paz na Ucrânia e expressa preocupação com os conflitos no Oriente Médio.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou que os ataques de Israel ao Irã podem transformar o Oriente Médio em um "único campo de batalha", durante a Cúpula do G7 no Canadá, em 17 de junho de 2025.
O conflito entre Israel e Irã já resultou na morte de 234 pessoas. Lula criticou a falta de reconhecimento do Estado palestino por parte de alguns países, afirmando que isso evidencia "seletividade na defesa do direito e da justiça". Ele condenou a matança indiscriminada em Gaza, que afeta mulheres e crianças.
Das sete grandes economias, apenas os Estados Unidos e o Japão não reconhecem a Palestina; enquanto Canadá, França, Alemanha, Itália e Reino Unido a classificam como uma entidade observadora na ONU.
Lula também se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e ressaltou que a guerra com a Rússia não será resolvida pela via militar, sendo necessário o diálogo para alcançar a paz duradoura.
Em seu discurso, abordou a mudança climática e a importância da segurança energética através da diversificação. O Brasil é líder em energias renováveis, com 90% da matriz elétrica proveniente de fontes limpas.
Além disso, Lula destacou, com urgência, a necessidade de incluir países em desenvolvimento nas cadeias globais de minerais estratégicos e que a cooperação deve ser priorizada em vez de rivalidades geopolíticas.
Por último, ele chamou a atenção para a indiferença internacional frente ao caos no Haiti e a necessidade de devolver o protagonismo à ONU na condução de diálogos de paz.