Israel abre fogo perto de centro de ajuda em Gaza, e hospital fala em 32 mortos
Soldados israelenses disparam contra civis em busca de ajuda humanitária, resultando em 32 mortes na Faixa de Gaza. O ataque ocorre em meio a uma crescente crise humanitária, com milhares de palestinos enfrentando insegurança alimentar extrema.
Conflito em Gaza: Tiros de soldados israelenses mataram pelo menos 32 pessoas na madrugada de sábado (19) enquanto se dirigiam a um posto de distribuição de ajuda humanitária, segundo o Ministério da Saúde palestino.
Este tipo de violência se tornou rotina desde que a FHG (Fundação Humanitária de Gaza) começou a operar em maio. Na última semana, a ONU reportou 875 assassinatos em pontos de ajuda em Gaza, com a maioria ocorrendo perto das distribuições da FHG.
Israel justifica os disparos como tiros de advertência a suspeitos que não atenderam a comandos de parar. No entanto, testemunhas contestam, afirmando que não houve avisos antes dos disparos.
A FHG declarou que nenhum incidente ocorreu no sábado e alertou as pessoas a não se deslocarem à noite. O Exército israelense revisa o ocorrido.
A fundação, que utiliza empresas privadas dos EUA, enfrenta críticas sobre sua operação e o ex-chefe Jake Wood já havia deixado o cargo antes do início, alegando não conseguir aderir aos “princípios humanitários”.
Organizações humanitárias relataram dificuldades na entrega de alimentos, que passa por verificações de segurança de famílias pela Israel antes da distribuição. A Assembleias-Geral da ONU afirma que a ajuda deve ser distribuída apenas por necessidade.
Atualmente, 100% da população de Gaza está sob risco de insegurança alimentar, com 470 mil em níveis catastróficos de fome. Médicos relatam pessoas em perigo iminente de morte devido à desnutrição.
Além das vítimas perto dos centros de distribuição, pelo menos outros 18 palestinos morreram em ataques israelenses no mesmo dia. A guerra, iniciada após ataque do Hamas em outubro de 2023, já causou a morte de aproximadamente 58 mil palestinos.