Irã quer acordo 'real e justo' com EUA na negociação sobre programa nuclear
O Irã deseja um diálogo construtivo sobre seu programa nuclear em meio a crescentes tensões com os Estados Unidos. As negociações, mediadas por Omã, ocorrem sob a ameaça de ações militares e desentendimentos sobre o formato das conversas.
Irã busca acordo nuclear com os EUA
O Irã anunciou, em 11 de novembro, sua intenção de negociar um acordo "real e justo" com os Estados Unidos sobre seu programa nuclear, com conversas mediadas por Omã marcadas para sábado.
As negociações visam estabelecer um novo acordo, apesar das ameaças do presidente Donald Trump de usar a força militar se o diálogo falhar. Ali Shamjani, conselheiro do líder supremo iraniano, destacou que as propostas estão prontas.
O acordo de 2015 limitava o programa nuclear do Irã a fins civis em troca do levantamento de sanções, mas os EUA se retiraram em 2018 e impuseram novas sanções. O Irã começou a ignorar compromissos desde então.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, viajará a Omã para as "negociações indiretas", mediadas por Badr al Busaidi. Os EUA serão representados por Steve Witkoff.
No entanto, há incerteza sobre o formato das conversas; o Irã rejeita o diálogo direto, enquanto os EUA insistem nessa abordagem. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, reafirmou a necessidade de conversas diretas.
A diplomacia iraniana, segundo o porta-voz Esmail Baqai, é uma oportunidade que deve ser valorizada pelos EUA, apesar da retórica hostil. A situação é tensa, com Trump alertando sobre a possibilidade de ação militar.
Consequências de tensões
O Irã mencionou que a pressão constante pode resultar na expulsão de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O Departamento de Estado dos EUA considerou essa medida uma "escalada" e um "erro de cálculo".
Nos últimos meses, o Irã enfrentou derrotas significativas em ataques de Israel a seus aliados, levando a um aumento nas hostilidades entre os dois países. O Ocidente teme que o Irã busque armas nucleares, algo que Teerã nega, alegando fins civis para seu programa.