Irã prepara mísseis para possíveis ataques de retaliação contra bases dos EUA, dizem autoridades

O Irã está se preparando para atacar bases americanas no Oriente Médio em resposta a uma possível intervenção dos EUA na guerra de Israel contra o país, conforme autoridades americanas revisaram relatórios de inteligência.

Os EUA enviaram cerca de 36 aeronaves para a Europa, que poderiam dar suporte a caças ou aumentar o alcance dos bombardeiros em potenciais ataques às instalações nucleares iranianas.

Com o aumento das pressões de Israel sobre a Casa Branca para intervir, o medo de uma guerra mais ampla cresce. Autoridades alertam que, se os EUA atacarem a instalação nuclear de Fordow, a milícia Houthi provavelmente reiniciará ataques a navios no Mar Vermelho e milícias pró-iranianas tentarão atacar bases americanas no Iraque e na Síria.

Adicionalmente, o Ira poderia minar o Estreito de Ormuz para encurralar navios americanos no Golfo Pérsico. Os EUA colocaram suas tropas em alerta máximo na região, onde possuem mais de 40 mil soldados.

Autoridades iranianas afirmaram que o Irã atacaria bases americanas no Iraque e outros países árabes que participem do conflito. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, advertiu que um ataque militar não resolveria a situação e responsabilizaria Israel e seus aliados.

A inteligência americana sugere que o Irã estaria próximo de desenvolver uma arma nuclear e que um ataque a Fordow poderia atrasar esse processo, mas também provocaria a retalição do Irã e seus aliados.

As autoridades americanas discutem a possibilidade de fornecer assistência a Israel, incluindo cobertura aérea, e o uso de bombardeiros B-2 armados com armas penetrantes para atacar Fordow.

O ex-presidente Trump se opôs firmemente ao Irã obter armas nucleares e pediu rendição incondicional. Entretanto, alguns especialistas alertam que um ataque israelense poderia incentivar o Irã a desenvolver um sistema de dissuasão nuclear.

Segundo Rosemary Kelanic, diretora em um think tank, a pressão para um ataque dos EUA pode aumentar, mas ainda há tempo para evitar uma guerra.