Irã insta EUA a descartarem 'opção militar' antes de reunião sobre acordo nuclear
Ministro iraniano pede fim das ameaças militares antes das negociações nucleares. Araghchi reforça que Teerã não aceitará coerção e mantém a disposição para diálogo, desde que haja boa vontade dos EUA.
Ministro das Relações Exteriores do Irã exige que o presidente dos EUA, Donald Trump, descarte a ameaça militar antes das negociações sobre o programa nuclear iraniano.
Abbas Araghchi, em artigo no The Washington Post, ressaltou a importância da palavra "indireta" nas futuras conversas em Omã, programadas para o próximo sábado (12).
A Casa Branca reafirmou que as negociações ocorrerão de forma direta, sem mediação de outros países.
O regime iraniano critica as sanções e a tentativa de diálogo acompanhada de ameaças de ataque, especialmente devido à aliança do Irã com os houthis no Iémen.
No artigo, Araghchi declarou que a porta para um acordo está aberta, desde que Washington demonstre boa vontade.
Ele também alertou contra um possível ataque militar, que o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, considera inevitável se as negociações falharem.
Araghchi enfatizou: "Para avançarmos, não pode haver nenhuma 'opção militar'".
Ele advertiu que um novo conflito no Oriente Médio custaria mais do que os trilhões de dólares gastos por administrações anteriores no Afeganistão e no Iraque.
Trump, embora mantenha foco em soluções diplomáticas, reiterou que o Irã estaria em "grande perigo" se as negociações não prosperarem.