Irã estava mesmo prestes a produzir uma bomba nuclear, como diz Israel?
Conflito entre Irã e Israel se intensifica após ataques aéreos que danificaram instalações nucleares eresultaram em mortes. A crise nuclear levanta preocupações sobre a possibilidade de uma escalada militar ainda maior na região.
Israel atacou dezenas de alvos no Irã, especificamente a usina de enriquecimento de urânio em Natanz, causando danos significativos e a morte de importantes comandantes e cientistas nucleares.
Os serviços de emergência israelenses relatam 10 mortes em ataques iranianos, mas o Irã não confirmou vítimas dos ataques israelenses. O ministro das Relações Exteriores do Irã chamou os ataques de "imprudentes".
Após os ataques, o Irã respondeu com bombardeios aéreos contra Israel. O ministro iraniano Abbas Araghchi afirmou que Natanz era monitorado pela AIEA e que os ataques representavam o risco de um "desastre radiológico".
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu justificou a operação, alegando que a ação era necessária para "reverter a ameaça iraniana" e que o Irã poderia produzir uma arma nuclear rapidamente.
O exército israelense afirma ter informações sobre o progresso do Irã em criar componentes para armas nucleares, incluindo urânio metálico. Contudo, especialistas como Kelsey Davenport destacam que não há evidências claras do Irã estar prestes a se tornar nuclear.
A AIEA alertou que o Irã acumulou urânio enriquecido a 60%, suficiente para potencialmente fabricar nove bombas nucleares, o que gera preocupação sobre a proliferação.
O Irã defende que seu programa nuclear é pacífico, mas investigações anteriores encontraram indícios de atividades de desenvolvimento nuclear até 2003. Em 2015, um acordo limitou suas atividades nucleares, mas o Irã começou a violá-lo após os EUA saírem do acordo em 2018.
Os ataques israelenses danificaram a sala de centrífugas em Natanz e destruíram infraestrutura essencial. O diretor da AIEA relatou que a instalação de enriquecimento de urânio foi severamente afetada, dificultando futuras operações do Irã.
Israel também atacou as instalações de Fordo e Isfahan, desmantelando operações críticas para a produção de urânio. O primeiro-ministro israelense declarou que a operação continuará até que a ameaça do Irã seja eliminada, embora especialistas achem essa meta irrealista.