Irã e Israel trocam novos ataques em escalada do conflito no Oriente Médio
Irã intensifica ataques a Israel, resultando em feridos e destruição em várias regiões. Troca de ofensivas entre os países aumenta o temor de um conflito militar mais amplo no Oriente Médio.
Irã lança mísseis e drones contra Israel neste sábado (14), atingindo centros de reabastecimento de aviões de combate. O ataque intensifica a tensão militar entre os dois países.
A Guarda Revolucionária do Irã informou que os alvos incluíam instalações de produção de combustível e centros de abastecimento de energia para aeronaves militares.
Na noite anterior, o Irã ativou suas defesas antiaéreas após bombardeios israelenses que causaram incêndios em depósitos de combustível em Teerã. A sede do Ministério da Defesa iraniano também foi danificada.
As Forças Armadas de Israel confirmaram o ataque e ativaram alertas de emergência. 14 feridos foram registrados, incluindo um em estado grave. Os locais mais afetados foram a Galileia Ocidental e a cidade de Haifa.
Israel retaliou bombardeando uma instalação subterrânea de mísseis no Irã e reafirmou seu foco no programa nuclear iraniano. O governo israelense alega que o Irã se aproxima de um "ponto sem retorno" na busca por armas nucleares, o que o Irã nega, afirmando que seu programa é civil.
Desde a operação aérea iniciada por Israel na sexta-feira (13), foram destruídas mais de 200 instalações e ao menos 20 altos comandantes iranianos morreram. O Irã reporta ao menos 78 mortes, muitas civis.
O presidente iraniano, Masud Pezeshkian, prometeu uma resposta “ainda mais forte”, enquanto o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, ameaçou atacar diretamente Teerã. O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou que “Teerã arderá”.
Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia pediram o fim das hostilidades, e o Reino Unido anunciou o envio de aviões de combate à região. As tensões também afetaram as negociações nucleares entre o Irã e os Estados Unidos, levando Omã a cancelar reuniões agendadas.
Pezeshkian afirmou que o Irã não aceitará “exigências irracionais sob pressão” e não retoma o diálogo enquanto os ataques persistirem. A escalada de ofensivas aumenta o risco de um conflito regional e reacende preocupações sobre a segurança no Oriente Médio.
Com informações da AFP