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Irã diz que receberá China e Rússia na terça-feira para negociações sobre questão nuclear

Irã se prepara para diálogo sobre programa nuclear com China e Rússia enquanto enfrenta ameaças de sanções dos países europeus. Reuniões em Teerã e Istambul buscam soluções diplomáticas após tensões militares e acusações de incumprimento de acordos.

Teerã receberá China e Rússia nesta terça-feira, 22, para discutir seu programa nuclear e a possível reimposição de sanções.

Uma consulta trilateral será realizada na capital iraniana, conforme informou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Esmail Baqaei, em coletiva de imprensa.

Além disso, uma nova reunião com Alemanha, França e Reino Unido ocorrerá em Istambul na sexta-feira, 25, sobre o mesmo tema.

Esmail Baghai declarou que o Irã aceitou o diálogo em resposta a demandas europeias. A Alemanha e outros países europeus buscam uma solução diplomática duradoura para o programa nuclear iraniano.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, ressaltou a disposição do país à diplomacia, apesar das recentes tensões.

O porta-voz Baqaei criticou os países europeus por não cumprirem o acordo nuclear de 2015. Os três países ameaçam reestabelecer as sanções à ONU devido a alegadas violações por parte do Irã.

Os ocidentais e Israel temem que o Irã busque desenvolver uma bomba atômica, embora Teerã reivindique fins civis para seu programa nuclear.

Recentemente, Israel realizou bombardeios no Irã, mas as negociações foram suspensas após os ataques. A última reunião do E3 e o Irã ocorreu antes dos bombardeios em 21 de junho.

Na mesma semana, Vladimir Putin se encontrou com o conselheiro iraniano, Ali Larijani, para discutir a crise no Oriente Médio e o programa nuclear.

A Rússia considera o Irã seu principal aliado no Oriente Médio, mas não o apoiou veementemente no recente conflito com Israel.

O acordo de 2015 previa restrições ao programa atômico iraniano e suspensão de sanções, mas os EUA se retiraram em 2018 e restabeleceram sanções.

A União Europeia e os países europeus avisaram sobre o mecanismo de snap-back para reativar sanções caso não haja progresso nas negociações.

O ministro iraniano refutou as ameaças de sanções, alegando que são desprovidas de base moral ou jurídica.

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