Irã anuncia que retomará programa de enriquecimento de urânio, apesar de danos nas instalações
Irã reitera compromisso com o enriquecimento de urânio mesmo após bombardeios dos EUA. Reunião com países europeus visa discutir futuro do programa nuclear e evitar novas sanções.
Irã reforça programa nuclear apesar de danos por bombardeios dos EUA. O ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, confirmou a continuidade do enriquecimento de urânio em entrevista à Fox News.
Durante os ataques de 22 de junho, os EUA bombardearam a instalação subterrânea de Fordo, e as usinas de Isfahan e Natanz. Trump declarou que os ataques "destruíram completamente" os locais atacados, ameaçando novos bombardeios.
Araghchi não confirmou se o urânio enriquecido foi recuperado, mas indicou que a agência atômica iraniana está avaliando a situação do material.
Reunião com países europeus está marcada para a sexta-feira em Istambul. Participarão representantes do Reino Unido, França, Alemanha e o Irã. Sem a presença dos EUA, que anteriormente negociavam um novo acordo nuclear.
Antes da reunião, o Irã se reunirá com China e Rússia para discutir estratégias contra sanções. Esmail Baghaei, porta-voz da Chancelaria, afirmou que estão coordenando esforços para mitigar consequências das sanções.
A pressão sobre o Irã aumenta para avançar nas negociações de um novo acordo, que visa limitar a militarização do programa nuclear. O plano anterior firmado em 2015 estabelecia restrições ao enriquecimento de urânio, mas foi desfeito após a saída dos EUA em 2018.
Após os bombardeios israelenses em junho, as negociações foram suspensas. O Irã, que atualmente enriquece urânio a 60%, rejeita um acordo que vete seu enriquecimento de urânio.