Ipsos-Ipec: brasileiros que veem economia pior daqui a 6 meses sobe de 34% para 39%
O aumento do pessimismo econômico entre os brasileiros revela um descontentamento crescente com a gestão de Lula, afetando áreas como segurança, saúde e educação. Apenas 31% da população acredita em uma melhora nos próximos meses, refletindo um cenário de incerteza.
A visão dos brasileiros sobre a economia está se tornando mais negativa. A porcentagem de pessoas que acreditam em uma piora nos próximos seis meses aumentou de 34% para 39% entre dezembro de 2024 e junho deste ano, conforme pesquisa Ipsos-Ipec.
Esse aumento no pessimismo reflete avaliações negativas sobre a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em áreas críticas como inflação, segurança e geração de empregos. Trata-se do maior nível de expectativas negativas desde setembro de 2023, quando era 27%.
Atualmente, apenas 31% esperam uma melhora em seis meses, uma queda em relação aos 39% do final do ano passado. A percepção de estabilidade aumentou de 22% para 24%.
A percepção de piora também se reflete na comparação com seis meses atrás:
- 49% acham o cenário atual mais negativo, subindo de 40%.
- A fatia que vê melhora caiu de 28% para 23%.
- 26% acreditam que a situação se manteve igual.
As avaliações sobre as áreas de atuação do governo são preocupantes:
- Segurança pública: 20% consideram a atuação “ótima” ou “boa”, caindo de 24% em março. 52% a classificam como “ruim” ou “péssima”.
- Saúde: 48% percebem piora nos serviços. Apenas 22% a avaliam como “ótima” ou “boa”.
- Educação: Avaliação negativa passou de 36% para 40%.
Curiosamente, a insatisfação com o combate à inflação teve leve queda: 55% consideram a atuação “ruim” ou “péssima”, frente a 57% em março.
A única área que apresenta leve melhora é a política externa, onde a avaliação positiva subiu de 25% para 28%. No entanto, 39% ainda consideram a atuação “ruim” ou “péssima”.