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IOF sobre operação de risco sacado pode até dobrar custo dessa linha para alguns setores da economia

Setores econômicos alertam para aumento significativo nos custos de crédito com nova cobrança de IOF. A medida, que entra em vigor na próxima segunda-feira, pode impactar diretamente os preços finais aos consumidores.

Aumento do IOF sobre operações de “risco sacado” pode dobrar o custo do crédito para alguns setores a partir de 2 de junho.

O risco sacado é um adiantamento do banco a fornecedores de grandes empresas, que tem essas empresas como garantidoras. Com o IOF, o custo do crédito, que já é atrativo (Selic + 1,5%), pode subir consideravelmente.

Simulações mostram que:

  • Setor de metalurgia e siderurgia: custo total saltaria de 14,75% para 32,65% (aumento de 121%).
  • Setor de embalagens: aumento de até 91,8%.
  • Setor automobilístico: aumento de 74,71%.

Esses custos devem ser repassados ao preço final ao consumidor, afirmam as empresas.

O Ministério da Fazenda justifica a medida como uma forma de alinhar a tributação com outras operações de crédito, sem impacto direto aos consumidores.

Operações têm prazos curtos (cerca de 60 dias) e o IOF será de 0,95% por operação. A indústria estima um estoque de crédito entre R$ 100 bilhões a R$ 150 bilhões, podendo girar até R$ 600 bilhões ao ano.

Economistas calcularam que o governo pode arrecadar até R$ 8 bilhões anualmente com essa mudança.

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