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IOF: Qual será o impacto para as empresas com o aumento de imposto anunciado pelo governo

Pequenas e médias empresas enfrentam novas dificuldades com o aumento do IOF, que encarece operações financeiras e limita o acesso ao crédito. Especialistas alertam para o impacto negativo nas decisões de investimento em um cenário econômico já incerto.

A alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) encarecerá operações internacionais e créditos para companhias, com pequenas e médias empresas sendo as mais afetadas, devido à taxa Selic de 14,75%.

Grandes empresas têm alternativas no mercado de capitais para evitar a carga tributária crescente, enquanto as menores não. Segundo Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, o IOF é um imposto cumulativo e operar crédito se torna inviável para algumas linhas.

O aumento das alíquotas foi anunciado em 22 de setembro, com expectativa de arrecadar R$ 20,5 bilhões este ano e R$ 41 bilhões no próximo. O governo justifica que a equiparação das taxas de crédito se aplica a pessoas jurídicas e físicas.

  • Alíquota para empresas no Simples: aumentou de 0,88% para 1,95%.
  • Para Microempreendedores Individuais (MEI): alíquota fixa de 0,38%.

Adicionalmente, a Receita Federal estendeu a incidência do IOF sobre operações de risco sacado, que antes não eram taxadas.

Operações de câmbio também foram afetadas:

  • Empréstimos de curto prazo no exterior: agora com IOF de 3,5%.
  • Transferências internacionais de pessoas físicas: IOF subindo de 0,38% para 3,5%.

A mudança no IOF criou incertezas na economia, reduzindo a disposição dos empresários em investir. Felipe Salles, economista-chefe do C6 Bank, alerta que a incerteza dificulta decisões de investimento, especialmente para pequenos empresários.

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