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IOF não é para arrecadação, diz presidente do BC

Galípolo destaca que o IOF deve ser usado com prudência e para corrigir distorções, resistindo à pressão de aumentos como forma de arrecadação. Ele defende a clareza nas atribuições das instituições na gestão do imposto, enquanto o debate sobre suas alíquotas continua.

Presidente do BC, Gabriel Galípolo, declarou no dia 2 de junho de 2025, que o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) não deve ser usado para arrecadação ou como instrumento de política monetária, em evento do CDPP em São Paulo.

Galípolo destacou que o IOF pode ser uma ferramenta regulatória, especialmente no setor de crédito. Ele defende que seu uso para corrigir distorções é legítimo, mas requer atenção em relação à alíquota.

Em 22 de maio, o Ministério da Fazenda, liderado por Fernando Haddad, anunciou mudanças nas alíquotas do IOF visando aumentar a arrecadação, gerando descontentamento no Congresso e no mercado. No dia seguinte, Galípolo expressou desaprovação à ideia de aumentar o tributo para ajuste fiscal.

Na mesma data, ele afirmou que o BC aguardará o modelo final do imposto antes de incorporar os efeitos nas projeções, enfatizando a importância de evitar volatilidade em cenários incertos.

Haddad se reunirá esta noite com os presidentes da Câmara e do Senado para discutir o tema. Em 28 de maio, as lideranças legislativas exigiram que o ministro apresentasse uma alternativa ao aumento do IOF em 10 dias.

Apesar das divergências, Galípolo elogiou a decisão de Haddad de recuar em parte da medida. O economista afirmou que a comunicação do BC é vital em tempos de incerteza e alertou sobre o impacto de ruídos, como fake news.

Ele finalizou ressaltando que o atual cenário exige cautela, flexibilidade e humildade.

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