IOF foi aula de psicologia gratuita do que PT pensa de nós (mercado), diz Stuhlberger
Economista alerta para o impacto negativo das medidas populistas às vésperas das eleições. Ele destaca a deterioração fiscal e a dificuldade do Congresso em barrar iniciativas prejudiciais às contas públicas.
Queda na popularidade do presidente Lula faz governo adotar medidas populistas que podem prejudicar as contas públicas, afirma Luis Stuhlberger, CEO e CIO do Fundo Verde, em evento em São Paulo.
Segundo ele, a baixa popularidade do governo gera um desejo de implementar ações mais populistas, especialmente à medida que as eleições se aproximam. Stuhlberger destacou o recente pacote de reajuste do IOF como “assustador”, ressaltando que “quer comprar dólar? Paga pra mim um pedágio”.
O economista expressou desconfiança sobre a capacidade do Congresso em limitar ou derrubar essas medidas, mencionando a ameaça de corte de emendas parlamentares. Ele afirmou que, estruturalmente, a situação se manteve a mesma: inflação alta, fiscal desancorado e um governo populista.
Entre as propostas que podem agravar a situação fiscal estão:
- Isenção do IR até R$ 5 mil
- Ampliação do uso do Minha Casa, Minha Vida
- Custo de normalização da fila da aposentadoria
- Pacote de benefícios para motoristas de aplicativos e motoboys
- Provável reajuste do Bolsa Família
- Renegociação da dívida de Estados e da Previdência dos Municípios
Stuhlberger comparou a avaliação negativa de Lula com a de outros presidentes, apontando que 40% de avaliações negativas indicam um provável fracasso na reeleição, semelhante ao que ocorreu com Jair Bolsonaro.
Ele finalizou destacando que a melhora nos preços dos ativos após a queda de popularidade de Lula sugere uma influência do “trade eleição”.