IOF e atividade forte reforçam aposta em fim de alta de juros em 14,75% e cortes só em 2026
Economistas acreditam que o Copom deve manter a Selic em 14,75% ao ano até 2026, reforçado pelo aumento do IOF e dados econômicos recentes. A avaliação sugere um cenário de restrição de crédito para empresas e um arrefecimento gradual da economia brasileira.
Aumento do IOF e dados econômicos reforçam expectativa de que o Copom encerrará ciclo de alta de juros, mantendo a Selic em 14,75% até 2026.
Analistas projetam restrição no crédito para empresas, descartando nova alta da Selic. O discurso dos membros do Copom sugere um fim de ciclo.
No início de maio, havia expectativa de flexibilização de juros, mas essa hipótese perdeu força, com cortes sendo projetados apenas para o primeiro trimestre de 2026.
Os indicadores de emprego, renda e crédito seguem sólidos, embora o IPCA-15 não sinalize desaceleração consistente da inflação.
Caio Megale, da XP, alerta que a revogação do decreto do IOF pode prejudicar o equilíbrio fiscal. A XP reviu suas projeções, descartando alta final da Selic.
Fernando Gonçalves, do Itaú Unibanco, concorda que a Selic deve se manter em 14,75% ao ano até 2026, devido ao descolamento das expectativas de inflação e à pressão do mercado de trabalho.
No último mês, o mercado formal gerou 257,5 mil vagas e a taxa de desemprego ficou em 6,6%, o menor na série histórica da Pnad Contínua.
Igor Rocha, da Fiesp, considera que a estratégia do Copom para junho será de prolongar um aperto monetário sem novas altas. A flexibilização depende do comportamento da curva de juros, podendo iniciar no primeiro trimestre do próximo ano.