Investimento no exterior sofre novo teste com tarifaço
Mercados globais enfrentam instabilidade com novas tarifas de Trump, enquanto investidores buscam estratégias de longo prazo. Especialistas aconselham paciência e foco na preservação de capital em meio à volatilidade econômica.
Mercados financeiros globais entram em 'modo pânico' após a imposição de tarifas de importação mais severas pelo governo de Donald Trump. A situação se agrava com a recente queda nas empresas de tecnologia devido ao fenômeno chinês DeepSeek.
Desempenho dos índices: O S&P 500 cai mais de 15%, enquanto o Nasdaq acumula perdas de quase 21% e o Dow Jones, 11,20%. Os títulos do Tesouro dos EUA têm retorno de 4,3%.
Selic no Brasil: Custo de oportunidade em 14,25% com inflação projetada de 5,1%. Daniel Haddad, da Avenue, destaca a importância da calma diante das oscilações do mercado.
Haddad aponta que, “paciência é a chave” e alerta sobre as emoções que o mercado financeiro pode gerar. Ele enfatiza a importância de conhecer o próprio perfil de investidor.
Investidores atualmente têm mentalidade de preservação do capital a longo prazo, buscando ativos mais seguros durante recessões, valorizando o dólar.
Adriano Cantreva, da Portofino, sugere não agir precipitadamente e manter foco no longo prazo. Ele observa que operações de liquidez podem resultar em bons negócios com preços descontados.
Retaliações comerciais entre EUA e China podem causar uma crise semelhante à de 2008, segundo Otávio Vieira. Ele menciona que a inflação impactará diretamente o consumidor americano.
Matheus Amaral, do Inter, considera que o cenário de guerra comercial resultará em um período de inflação alta, o que é desfavorável ao Federal Reserve, que busca controlar a inflação em 2%.
O momento exige uma rotação nos investimentos, priorizando ações de serviços públicos e setor financeiro, ao invés das grandes de tecnologia.