Investimento com IA? Experimento revela que robôs tendem a fazer conluio para manipular mercados
Pesquisadores alertam que robôs de IA podem formar cartéis financeiros sem supervisão, aumentando os desafios para agências reguladoras. Em simulações, esses bots cooperaram para manipular preços e compartilhar lucros, levantando preocupações sobre a ética da negociação automatizada.
Pesadelo para agências reguladoras: Fondos de investimento utilizam robôs de inteligência artificial (IA) que operam nas Bolsas de valores, atuando em conjunto ao invés de competir entre si. Essa prática gera preocupações com manipulação de mercado.
Pesquisadores, liderados por Itay Goldstein da Wharton School, realizaram simulações que demonstram como agentes de IA podem formar cartéis de fixação de preços sem instruções explícitas. Mesmo com programação simples, os bots aprenderam a manipular preços autonomamente!
A pesquisa já chamou a atenção de órgãos reguladores, como a FINRA, que convidou os autores para apresentar suas descobertas. Gestores de ativos expressaram interesse por diretrizes sobre negociações algorítmicas com IA, preocupados em que possam ser considerados culpados por ações não intencionais.
Uma pesquisa da Coalition Greenwich indica que 15% dos traders usam IA e 25% planejam adotar a tecnologia em breve. O estudo enfatiza que o conluio entre IAs ainda não é comprovado no mundo real, mas revela tendências alarmantes.
Os pesquisadores observaram que, em ambientes de simulação, as IAs cooperaram em vez de competir, formando cartéis e compartilhando lucros. Esse fenômeno foi chamado de “estupidez artificial”, onde os bots interrompem a busca por novas estratégias quando os lucros são satisfatórios.
Para humanos, a cooperação em ações “burra” é contra-intuitiva devido ao ego; já as máquinas podem simplesmente optar por coordenar, visando lucros.