Investigadores revelam passo a passo da suposta tentativa de golpe de Bolsonaro
Bolsonaro enfrenta acusação de ser líder de um esquema de golpe de Estado, envolvendo planos de desinformação e ações contra adversários políticos. A investigação aponta que suas intenções de permanência no poder começaram antes das eleições de 2022 e culminaram em tentativas frustradas de desestabilização democrática.
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode enfrentar prisão por suposta tentativa de golpe de Estado, segundo uma investigação detalhada.
A acusação aponta que Bolsonaro, com a ajuda de colaboradores próximos, planejou permanecer no poder após sua derrota para Lula (PT) em 2022. A Procuradoria-Geral da República (PGR) o classifica como “líder de uma organização criminosa”.
Investigadores alegam que as intenções golpistas começaram antes da eleição, com uma campanha de desinformação sobre fraudes eleitorais e intervenções militares. Um dos momentos-chave foi uma transmissão em julho de 2021, onde Bolsonaro atacou as urnas eletrônicas.
Em uma reunião ministerial em julho de 2022, o general Augusto Heleno sugeriu um possível golpe, enquanto Bolsonaro continuava a denegrir o sistema eleitoral.
Após a derrota, o plano golpista incluiu a elaboração de um decreto convocando novas eleições e a prisão de Alexandre de Moraes, então presidente do TSE. Em entrevista, Bolsonaro admitiu ter discutido “hipóteses de dispositivos constitucionais” com militares.
Além disso, a PGR menciona um plano chamado “Punhal Verde Amarelo” que visava assassinar Lula, Geraldo Alckmin e Moraes. Um agente da Polícia Federal, Wladimir Soares, declarou que aguardava o “ok” de Bolsonaro para agir.
Os investigadores afirmam que os planos não se concretizaram por falta de apoio militar. Bolsonaro deixou o Brasil dois dias antes da posse de Lula, e seus apoiadores invadiram os Três Poderes em Brasília pedindo intervenção militar.
A PGR classificou o ato como a “última esperança” dos golpistas, o que foi negado por Bolsonaro, que ironizou a situação em comentários passados.
Publicado por Luisa Cardoso, com informações da AFP.