Investigação do Fórum Econômico Mundial vê conduta inapropriada de fundador, diz jornal
Investigação do Fórum Econômico Mundial revela má conduta de Klaus Schwab, incluindo assédio e gastos questionáveis. Após 55 anos na liderança, Schwab renuncia ao cargo em meio às denúncias.
Investigação interna no Fórum Econômico Mundial revelou possível má conduta de seu fundador, Klaus Schwab, 87 anos.
As infrações incluem:
- Gastos não autorizados por Schwab e sua esposa;
- Comportamento intimidador;
- Tratamento inadequado de funcionárias mulheres;
A investigação iniciou-se em abril, após uma denúncia e um ano depois de uma reportagem que destacava uma cultura tóxica na organização.
Entre as evidências encontradas, Schwab fez comentários inadequados a uma executiva em 2020.
Por meio de um porta-voz, ele rejeitou as acusações, afirmando que sempre tratou as mulheres com respeito. O Fórum não comentou o caso.
Após 55 anos liderando o Fórum, Schwab renunciou ao cargo durante a Páscoa.
Investigadores indicam que ele tratava a organização como um feudo, permitindo assédio e discriminação.
O comitê encontrou questionáveis gastos de US$ 1,1 milhão em viagens, com pouca evidência de negócios. Além disso, Schwab recebeu presentes inapropriados.
O escritório de advocacia suíço, Homburger, avaliará as declarações de Schwab e finalizará o relatório até agosto, que poderá ser enviado às autoridades suíças.
Schwab afirmou que separou despesas pessoais e de trabalho, e que pretende reembolsar o Fórum. Ele também doou presentes para caridade.
Investigadores apontaram que seu comportamento influenciou o Relatório de Competitividade Global, pressionando funcionários a alterar rankings de países.
Em resposta, Schwab disse que interveio apenas para preservar a integridade dos relatórios e expressou seu desejo para que o Fórum continue a prosperar.