Investigação aponta falhas em instrumentos de helicóptero que colidiu com avião em Washington
Investigação revela falhas nos instrumentos de altitude do helicóptero, responsável pela tragédia que deixou 67 mortos. Autoridades alertam para problemas técnicos potenciais em aeronaves das Forças Armadas dos EUA.
Investigação de colisão entre helicóptero militar e avião comercial em janeiro, em Washington, revela falhas nos instrumentos de altitude do helicóptero.
A tragédia resultou em 67 mortes e levantou preocupações sobre a segurança da aviação e problemas técnicos nas Forças Armadas.
As conclusões foram apresentadas em três dias de audiências do Conselho Nacional de Segurança no Transporte (NTSB), de 30 de outubro a 1º de novembro.
O acidente ocorreu em 29 de janeiro, próximo ao Aeroporto Nacional Ronald Reagan, envolvendo um helicóptero Sikorsky H-60 Black Hawk em voo de treinamento e um jato Bombardier CRJ-700, operado por uma subsidiária da American Airlines.
A presidente do NTSB, Jennifer Homendy, destacou disparidade de dezenas de metros entre altitudes em instrumentos do helicóptero, com o piloto indicando 91 metros e o instrutor 121 metros. A análise posterior revelou 84 metros no momento do impacto.
Homendy enfatizou que isso não garante a precisão dos altímetros barométricos e que a origem da discrepância é desconhecida.
Treze helicópteros do mesmo modelo foram inspecionados, apresentando discrepâncias similares de até 40 metros entre altímetros em voo. Embora os testes em solo estivessem dentro dos limites, durante o voo as medições apresentavam altitudes menores do que as reais.
A investigadora Marie Moler alertou sobre a gravidade da situação, indicando que diferenças de até 30 metros podem impactar a segurança da tripulação.
Essa foi a pior colisão aérea em Washington desde 1982, quando um avião da Air Florida resultou em 78 mortes.