Investidores esperam mais um dia agitado nos mercados hoje, após rebaixamento dos EUA por agência de risco
Mercados globais se preparam para uma nova rodada de volatilidade devido ao rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s. A crescente preocupação com a dívida pública americana pode impactar negativamente o dólar e os rendimentos dos Treasuries.
Investidores enfrentam turbulência nos mercados globais hoje, com foco na crescente preocupação com a dívida pública dos EUA após o rebaixamento da nota de crédito pelo Moody's. O país passou de Aaa para Aa1 devido ao déficit orçamentário crescente, sem sinais de contenção.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos subiram para 4,49% e um fundo do S&P 500 caiu 0,6% no pós-mercado. Max Gokhman, da Franklin Templeton, advertiu que a dívida crescente pode levar a uma espiral perigosa nos rendimentos e impactar negativamente o dólar e ações americanas.
Analistas do Wells Fargo preveem um aumento de 5 a 10 pontos-base nos rendimentos dos Treasuries, podendo atingir 5% para os títulos de 30 anos, o maior desde novembro de 2023.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, comentou sobre a perda de confiança nas políticas dos EUA, enquanto o secretário do Tesouro, Scott Bessent, minimizou as preocupações em relação à dívida. O governo Trump busca reduzir gastos e impulsionar o crescimento.
O rebaixamento da Moody’s, esperado devido a um déficit orçamentário de US$ 2 trilhões, poderá ampliar os déficits federais a 9% do PIB até 2035. Apesar disso, cortes de impostos e aumenta de gastos estão em pauta no Congresso, com um custo total estimado em US$ 3,8 trilhões na próxima década.
Embora a Moody’s tenha agido, analistas do Barclays não preveem grandes repercussões no mercado de Treasuries ou mudanças significativas no Congresso. Demanda estrangeira por títulos americanos permanece forte, apesar de tensões comerciais.
Os investidores devem se preparar para seções agitadas, seguindo as reações a notícias sobre relações comerciais entre EUA e China na semana passada.