Investidores do Tesouro Direto perdem mais de 30% em 12 meses, mas cenário pode mudar
Investidores em títulos públicos enfrentam volatilidade e perdas significativas devido à alta das taxas de juros. Para garantir retornos, especialistas recomendam manter as aplicações até o vencimento.
Investidores em títulos públicos enfrentam desafios em 2023, com perdas de mais de 30% em alguns papéis do Tesouro Direto nos últimos 12 meses.
Com a alta das taxas de juros, o valor de mercado dos títulos caiu, impactando negativamente quem já possuía esses ativos. Embora a rentabilidade futura possa melhorar, resgatar antecipadamente resultará em perdas.
Por exemplo, quem comprou o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2040 no início de fevereiro enfrentou uma perda de mais de 2%, mas o papel se recuperou, acumulando 6% de ganhos em maio.
Outros títulos, como o Tesouro Prefixado 2028, também mostraram perdas inicialmente, mas agora apresentam sinais positivos. No entanto, o Tesouro IPCA+ 2029 caiu 12,88% e o Tesouro RendA+ perdeu 37% no ano.
O economista Rafael Sobral acredita que a alta das taxas de juros não deverá durar muito. A percepção de risco fiscal no Brasil está elevando essas taxas, que atualmente estão em 14,75% ao ano.
Para os investidores que desejam mitigar perdas, Sobral sugere manter os títulos por dois anos ou aumentar a posição. Outra opção é aproveitar as taxas altas antes que elas diminuam, mas cautela é recomendada, especialmente para títulos prefixados.
Vender antes do vencimento pode resultar em perdas financeiras, já que os papéis podem valer menos que o valor inicialmente投资ido.