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Invepar dá calote em dívida depois de renegociar 7 vezes com fundo

Invepar enfrenta calote de R$ 330 milhões e já renegociou dívida sete vezes desde 2018. A empresa, controlada por fundos de pensão, tenta estabilizar sua situação financeira enquanto se prepara para possível recuperação judicial.

Invepar, holding de infraestrutura, deu calote em dívida com o fundo árabe Mubadala Capital. A companhia, controlada por fundos de pensão, já renegociou a pendência 7 vezes desde 2018.

O calote ocorreu após a CCR (atual Motiva Infraestrutura) adquirir a participação da Invepar no VLT do Rio por R$ 97 milhões. Parte do valor (R$ 30 milhões) deveria quitar as debêntures dos fundos de pensão.

A dívida total da Invepar com o Mubadala é cerca de R$ 330 milhões, reduzida após aquisições em 2021. A empresa atua em mobilidade urbana e controla o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

A Invepar obteve uma medida cautelar que permite atrasar pagamentos. A agência de risco S&P rebaixou a nota de crédito da empresa de “CC” para “D”, indicando calote.

A decisão da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro deu 30 dias para solicitar recuperação judicial, que poderá incluir a venda de ativos, exceto o Aeroporto.

O Mubadala, um dos maiores fundos de investimento do mundo, não recebeu novas propostas de negociação. A Invepar anunciou mudanças em sua diretoria em 2024 e teve crescimento nos passageiros do Aeroporto de Guarulhos.

A receita bruta das tarifas em 2024 foi de R$ 3,82 bilhões, aumento de 14,1%. O prejuízo financeiro foi de R$ 1,373 bilhão, leve queda em relação ao ano anterior.

A Invepar afirmou que “segue trabalhando na busca de soluções e para a melhor composição dos interesses junto aos credores.”

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