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'Inteligência artificial é fraca, perigosa e não deveria ser usada como é hoje', diz vencedor do Prêmio Nobel

Economista critica o uso atual da IA em palestras e destaca a necessidade de cautela. Ele alerta que a precisão dos modelos é insatisfatória e pode levar a consequências perigosas.

Paul Romer, economista e vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2018, criticou a atual utilização da inteligência artificial (IA) durante sua palestra no Febraban Tech.

Ele a classificou como "fraca, perigosa" e afirmou que não deveria ser utilizada da forma que é hoje.

Romer destacou que os modelos de IA falham em alcançar respostas precisas devido à "explosão combinatória", a qual resulta em uma quantidade imensa de erros possíveis nas análises de dados.

Para ilustrar, ele comparou com a impossibilidade de esgotar as combinações de um baralho de 52 cartas, mesmo com a humanidade embaralhando desde o "Big Bang".

Embora as expectativas e receios em relação à IA sejam exagerados, ele alertou que empresas estão mais focadas em lucro do que em segurança.

Romer citou um exemplo de alucinação na IA, onde um advogado da Anthropic teve sua reputação arruinada quando a ferramenta gerou uma citação falsa em um processo judicial.

O economista enfatizou que o nível de precisão da IA varia entre 50% e 60%, o que é inadequado para decisões críticas que requerem confiança.

Ele mencionou um acidente com um carro autônomo da Tesla, onde a falha em condições de visibilidade causou um atropelamento fatal.

Romer destacou que, apesar de a IA ter capacidades interessantes, ela ainda é muito fraca. Ele alertou para cuidado na adoção da tecnologia, recomendando que não se use IA para tarefas que exigem precisão.

Ao final, demonstrou ao vivo que não utiliza IA para programar e aconselhou outros a fazer o mesmo.

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