Intel cancela fábricas na Alemanha e Polônia e adia expansão nos EUA
A Intel interrompe planos de expansão na Europa e adia construção de fábricas em Ohio, em meio a reestruturação e crescimento de custos. A empresa busca recuperar vendas e consolidar operações enquanto enfrenta forte concorrência no setor de chips.
A Intel anunciou que não avançará com as instalações de fabricação de chips na Alemanha e Polônia e adiará a construção de fábricas em Ohio. Essa decisão faz parte de uma reestruturação da empresa, que busca recuperar as vendas em queda.
A fabricante planeja consolidar operações de montagem e testes na Costa Rica, movendo-as para unidades maiores no Vietnã e Malásia. O objetivo é manter US$ 18 bilhões em investimentos este ano, enquanto fortalece os negócios de fundição.
O CEO da Intel, Lip-Bu Tan, destacou que a empresa investiu excessivamente sem demanda adequada, resultando em operações fragmentadas. Apesar de um aumento de 3% na receita da Intel Foundry, a empresa enfrentou uma perda de US$ 3,2 bilhões em lucro operacional por altos custos de expansão.
Intensamente competitiva, a Intel luta para recuperar sua posição em relação à TSMC e Samsung. A empresa admite atrasos na tecnologia de 1,8 nanômetro, previsto para produção em larga escala no segundo semestre de 2025.
Tan considera que aumentar a escala da tecnologia Intel 18A é a "tarefa número um", essencial para atrair clientes externos e atender ao governo dos EUA.
Além disso, a divisão de design de chips enfrenta pressão nas vendas de chips de inteligência artificial, em competição com a Nvidia e AMD.
No último trimestre, a Intel reportou receita total de US$ 12,9 bilhões, com uma leve alta de 0,2% em relação ao ano anterior. Contudo, suas vendas de chips para PCs caíram 3% e cresceram 4% para data centers e IA, totalizando US$ 3,9 bilhões.
Tan afirmou que a empresa se concentrará em áreas revolucionárias como inferência e inteligência artificial.