Integrantes do governo veem telefonema de Lula a Trump como possível, mas temem tratamento desrespeitoso

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva considera telefonar para o presidente dos EUA, Donald Trump, mas ainda não tomou uma decisão.

Interlocutores do governo brasileiro afirmam que tal iniciativa ocorrerá apenas após tentativas de negociação sobre a sobretaxa de 50% nas exportações do Brasil, que entrará em vigor nesta sexta-feira.

O tratamento recebido pelo Brasil desde a posse de Trump em janeiro 2023 desestimula o contato. Lula já enviou uma carta a Washington em novembro, parabenizando Trump, mas não obteve resposta.

Há temor de um tratamento desrespeitoso por parte de Trump, que já desmoralizou outros líderes em público. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, está em Nova York esperando um contato para uma conversa em Washington.

Trump justificou a taxação citando um processo contra Jair Bolsonaro, o que o Brasil rechaça, afirmando que o tratamento do Judiciário não está em discussão.

O Brasil está aberto a discutir tarifas comerciais, mas as conversas estão paradas. Os EUA devem incluir interesses sobre minerais críticos nas negociações, mas o cenário permanece confuso, especialmente com outros países também afetados.

Acordos recentes entre a União Europeia e os EUA geraram reações negativas, afetando a política e economias globais. França e Alemanha expressaram preocupações sobre a imposição de tarifas à UE.