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INSS: PF aponta repasses suspeitos de mais de R$ 17 milhões e transferência de carro de luxo a integrantes do instituto

Polícia Federal investiga ex-diretores do INSS por desvio de milhões em esquema de fraudes. A operação aponta movimentações suspeitas e envolvimento de bens de luxo em meio a irregularidades nos descontos de aposentadorias.

Polícia Federal (PF) investiga irregularidades no INSS, revelando que ex-diretores e associados receberam R$ 17 milhões em transferências de intermediários.

Além disso, um veículo de luxo, avaliado em R$ 500 mil, foi transferido à esposa do procurador do INSS, Virgílio Oliveira Filho, que foi afastado judicialmente.

As investigações visam descontos irregulares em aposentadorias e pensões. O ex-diretor Alexandre Guimarães negou envolvimento, afirmando que recebeu dinheiro por serviços de consultoria.

A figura central do esquema é Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", que movimentou R$ 53,5 milhões de entidades sindicais. A PF descobriu que associados a ele receberam R$ 48,1 milhões de associações e R$ 5,4 milhões de empresas intermediárias.

A movimentação bancária de Antunes superaria sua renda declarada de R$ 24.458,23, indicando tentativas de dificultar o rastreamento dos valores. A PF solicitou o afastamento do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e da cúpula do órgão, destacando que eles beneficiaram-se de forma ilícita.

O ministro Carlos Lupi reconheceu a demora em agir contra as fraudes alegadas, mas nega omissão e não está sendo investigado. A operação "Sem Desconto" investiga possíveis desvios de até R$ 6,3 bilhões até 2024.

Após as revelações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu Stefanutto, que tinha o apoio de Lupi.

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