INSS: o que se sabe até agora sobre como o governo vai devolver descontos irregulares de aposentados
Governo busca soluções para ressarcir beneficiários do INSS afetados por fraudes de descontos indevidos. Medidas incluem um plano de restituição e criação de um sistema para comprovação de autorização de descontos.
Governo federal busca formas rápidas de ressarcir beneficiários do INSS com descontos indevidos após investigações da Polícia Federal sobre fraudes.
Ainda sem solução, o governo considera usar recursos públicos, enfrentando dúvidas sobre a justificação da despesa no Orçamento da União e como recuperar valores junto às entidades irregulares.
Um critério para identificar beneficiários lesados está em desenvolvimento, visando evitar que quem autorizou descontos busque reembolsos desnecessários.
Entre 2019 e 2024, R$ 6,3 bilhões foram cobrados indevidamente de aposentados e pensionistas. As investigações ainda estão levantando os valores exatos e não há um montante total definido para o ressarcimento.
Em 23 de abril, durante uma operação, foram sequestrados bens no valor de R$ 1 bilhão para o ressarcimento, mas o valor será insuficiente.
Pontos chave sobre o plano de restituição:
- Reembolso será corrigido pelo INPC.
- Devolução dos descontos pode abranger entre 2019 e 2025, ou desde 2015 (prazo legal de decadência).
- Deduções não autorizadas de janeiro a março de 2023 serão incluídas.
- Validação de autorização de desconto será simplificada, podendo usar biometria ou senha do Meu INSS.
- Pagamento será automático na folha de salários, evitando intermediários.
Ainda não há clareza sobre a fonte dos pagamentos, que podem incluir recursos públicos ou cobranças judiciais das entidades.
Entenda a investigação: A PF e a CGU realizaram uma operação para combater descontos não autorizados, resultando no afastamento do chefe do órgão, Alessandro Stefanutto, e na suspensão de acordos de desconto nas aposentadorias.