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INSS: exclusão de descontos não autorizados em aposentadorias aumenta mais de 77 vezes em quatro anos

Aumento expressivo de exclusões de mensalidades associativas não autorizadas leva à operação da PF e CGU. Presidente do INSS é demitido após investigações sobre descontos indevidos em aposentadorias e pensões.

Aumento das exclusões de mensalidades associativas não autorizadas em aposentadorias e pensões ultrapassou 77 vezes, passando de 18.690 em 2020 para 1.453.694 em 2024.

Esse aumento coincide com um crescimento nas queixas sobre descontos indevidos, resultando em uma operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) esta semana.

Em 2022, foram registradas 115,5 mil exclusões, sendo 70,7 mil não autorizadas; em 2023, os descontos não autorizados aumentaram em 494%, totalizando 420,8 mil.

A PF e a CGU confirmaram que sindicatos cobraram R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024 em descontos associativos. O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado e demitido após buscas em seu gabinete e residência.

Os descontos sindicais no INSS necessitam de autorização prévia do beneficiário, mas a CGU revelou que 70% das 29 entidades autorizadas não apresentaram a documentação necessária.

O ministro-chefe da CGU, Vinícius Marques, em entrevista, apontou que houve falhas de controle no INSS, destacando que 40% das associações não entregaram a documentação que justificaria os descontos.

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