INSS: erro de digitação reforçou suspeita da PF sobre ‘indústria de descontos ilegítimos’
Erro de digitação revela indícios de fraudes em benefícios do INSS, com envolvimento de entidades e sindicatos. A investigação aponta para uma rede de produção de termos de descontos ilegítimos que prejudica aposentados e pensionistas.
BRASÍLIA - A Operação Sem Desconto investiga a possível existência de uma "indústria de produção de termos de descontos ilegítimos" usados por sindicatos para fraudar o INSS.
O escândalo levou ao afastamento e demissão do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, após reportagens do portal Metrópoles e informações da Controladoria-Geral da União (CGU).
Um erro de digitação em documentos da CGU levantou novas suspeitas. A auditoria interna da Dataprev revelou autorizações de desconto feitas por diferentes entidades no mesmo dia para o mesmo beneficiário.
Um caso alarmante envolveu o nome Raimundo de Alencar, que teve seu sobrenome registrado como “AAlencar” por duas associações no mesmo dia. A PF levantou indícios dessa prática fraudulenta.
A CGU também notou que a Dataprev não disponibilizou um arquivo requerido, levantando mais suspeitas sobre a atuação de funcionários do INSS, que teriam enviado informações indevidas.
A PF reiterou haver “indícios da atuação ilícita” de servidores do INSS e que a situação exige investigação mais aprofundada.