INSS e CGU usaram metodologias diferentes para medir tamanho das fraudes em aposentados; entenda

Divergências nas auditorias do INSS e da CGU revelam desafios para a recuperação de valores das fraudes. Enquanto a CGU aponta que quase 98% dos aposentados não autorizaram descontos, o INSS apresenta números significativamente menores.

Resultados divergentes das auditorias do INSS e da CGU apontam diferenças sobre o nível de fraude nos descontos de aposentados e pensionistas.

O INSS estima fraudes menores, dificultando a devolução de recursos às vítimas. O crescimento dos débitos motivou a Operação Sem Desconto e a demissão do presidente do INSS.

A CGU explicou que as discrepâncias se devem a escopos diferentes das auditorias.

Entre jan/2023 e mai/2024, o INSS analisou 1,163 milhão de pedidos de cancelamento.
90% não foram autorizados, mas, em uma amostra de 603 casos, essa porcentagem cai para 54%
A CGU entrevistou 1.273 aposentados e descobriu que 97,6% não autorizou os descontos.

A CGU também analisou documentos enviados pelas associações: apenas 90 dos entrevistados tinham documentação, mas 81% negaram ter consentido.

Isso sugere alta probabilidade de fraude na coleta de assinaturas, segundo a CGU.