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INSS: Cúpula do Instituto cai após fraude bilionária. Veja os próximos passos

Megaoperação visa desmantelar esquema de fraudes em descontos de aposentadorias, somando R$ 6,3 bilhões de prejuízo. A ação resultou no afastamento e demissão do chefe do INSS e de outros servidores envolvidos.

Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU) realizaram uma megaoperação para combater descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS, resultando no afastamento e demissão do chefe do órgão, Alessandro Stefanutto.

A operação, autorizada pela Justiça do Distrito Federal, visa desmantelar um esquema nacional de descontos associativos que somam R$ 6,3 bilhões de 2019 a 2024. Além de Stefanutto, um policial federal e quatro autoridades do INSS foram afastados.

O dono da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que as fraudes continuaram mesmo após investigações anteriores. As vítimas, em sua maioria, não autorizaram os descontos, que muitas vezes foram realizados com falsificações.

A operação abrangeu 13 estados e o Distrito Federal, com 211 buscas e apreensões. Foram apreendidos objetos de luxo e dinheiro, além da prisão de seis pessoas. As acusações incluem corrupção, falsificação de documento, e lavagem de capitais.

A CGU divulgou um relatório com dados de 1.273 aposentados; 97% afirmaram que nunca autorizaram descontos. A investigação revelou graves irregularidades, como documentos utilizados sem o conhecimento dos beneficiários.

O ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, destacou a gravidade da situação e o apoio à investigação do Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), presidido por José Ferreira da Silva, irmão de Lula.

Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou irritação com os fatos, demitindo Stefanutto imediatamente. As apurações sobre descontos, que dispararam de R$ 413 milhões (2016) para R$ 2,6 bilhões (2022), continuam e têm sido alvo de investigações e reportagens.

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