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INSS: caberá ao Congresso decidir se mantém descontos associativos, diz ministro da Previdência

Ministro da Previdência defende que decisão sobre descontos associativos cabe ao Congresso Nacional. Ele alerta sobre possíveis atrasos no ressarcimento aos segurados devido a uma possível CPI sobre o tema.

Ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou que a decisão sobre descontos associativos em aposentadorias e pensões do INSS caberá ao Congresso Nacional. A declaração foi dada em meio à tramitação do Projeto de Lei 1846/2025, que propõe o fim do desconto automático de mensalidades de associações e sindicatos.

A Câmara dos Deputados aprovou o requerimento de urgência para o projeto, permitindo votação direta no Plenário. Se aprovado, poderá alterar a forma como essas entidades se financiam.

Queiroz enfatizou que não cabe ao ministério, INSS ou Dataprev decidir sobre a manutenção dos descontos: "Os descontos associativos foram instituídos pelo Congresso Nacional."

Distinção entre entidades: O ministro destacou a necessidade de diferenciar entidades sérias de práticas abusivas, dizendo: "Queremos saber quem são as entidades sérias que prestam serviços relevantes aos aposentados."

O governo se compromete a ressarcir aposentados e pensionistas que contestarem descontos não autorizados. O INSS notificará as entidades responsáveis, que terão 15 dias úteis para comprovar a autorização do desconto. Se não comprovada, a associação deverá devolver os valores ao INSS.

Sobre a possibilidade de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar descontos indevidos, Queiroz expressou preocupação com o impacto dessa medida no andamento das investigações e no ressarcimento aos segurados. Ele alertou: "Meu receio é que a CPI atrase o ressarcimento."

Queiroz concluiu que uma CPI é justificada quando não há investigações em curso e mencionou o contexto eleitoral se aproximando em 2026, ressaltando que a decisão sobre a CPI cabe ao Congresso e ao Senado.

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