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Inseto minúsculo ameaça maior polo de laranjas do país

Infestação do psilídeo, transmissor do greening, preocupa o setor citricultor do Brasil, com aumento significativo na incidência da doença. A situação já afeta a produção e pode comprometer a economia ligada à citricultura do país.

Brasil enfrenta praga do psilídeo, ameaça à citricultura nacional.

Inseto minúsculo de 2 a 3 milímetros transmite bactéria que causa o greening, doença que impacta plantações de laranja.

A infestação se agravou em São Paulo e no Triângulo Mineiro, regiões responsáveis por 80% da produção nacional de laranja, gerando preocupações no setor exportador que movimenta cerca de US$ 15 bilhões (R$ 88 bilhões) anualmente.

Dados do Fundecitrus mostram que a incidência da doença aumentou de 38,06% em 2023 para 44,35% em 2024, o que representa o 7º ano consecutivo de alta.

A praga afetou cerca de 90 milhões de árvores em uma população total de 203,7 milhões de laranjeiras na região. Isso dificulta renovação de pomares e facilita contaminação.

Além disso, a produção de laranjas caiu 24,85% na safra 2024/25, influenciada tanto por condições climáticas adversas quanto pela severidade do greening.

Um produtor, Brayan Palhares, comentou sobre os desafios enfrentados, como o corte de 25 mil árvores doentes na safra passada para controlar a praga.

Medidas recentes de controle, como a obrigatoriedade de eliminar plantas doentes, foram alteradas pelo governo anterior, resultando em avaliações críticas por especialistas sobre a eficácia na luta contra a doença.

O psilídeo tornou-se resistente a muitos inseticidas e a solução envolve a utilização de diversas estratégias de manejo.

Nos Estados Unidos, a Flórida mostrou as consequências do greening, com uma queda de 90% na produção de laranjas.

Apesar do aumento na incidência, a velocidade de contaminação no Brasil começou a desacelerar, indicando um possível sucesso nas ações de prevenção.

A Secretaria de Agricultura de São Paulo informou realizar fiscalizações e retirar quase 10 milhões de mudas infectadas do mercado. O projeto de combate à doença recebeu um investimento de R$ 6,15 milhões.

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