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Inquérito sobre golpe: STF conclui oitivas do “núcleo 1”; o que disseram testemunhas?

O encerramento das oitivas marca um passo significativo no processo contra Bolsonaro e aliados, enquanto versões divergentes sobre as intenções do ex-presidente emergem. A situação avança com a próxima fase de interrogatórios, que promete aprofundar as investigações.

STF conclui oitivas no processo de tentativa de golpe

O Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou nesta segunda-feira (2) a fase de oitivas de testemunhas no processo penal que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Foram colhidos 52 depoimentos, com 28 desistências. As oitivas envolvem testemunhas de defesa e acusação do chamado “núcleo 1” da trama golpista, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados, todos réus.

O último a depor foi o senador Rogério Marinho (PL-RN), que afirmou que Bolsonaro buscava uma transição “civilizada” apesar da tristeza pela derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As gravações dos depoimentos serão divulgadas nesta terça-feira (3).

Testemunhas indicadas pela defesa afirmaram que Bolsonaro estava entristecido, mas não pretendeu impedir a posse de Lula. Entre elas, o governador Tarcísio de Freitas e os senadores Ciro Nogueira e Hamilton Mourão.

O ex-secretário Jonathas Nery e o ex-assessor Renato de Lima França também negaram discussões sobre ruptura institucional.

Essa versão contrasta com depoimentos de comandantes militares, como Marco Antônio Freire Gomes e Carlos Baptista Júnior, que confirmaram discussões sobre uma minuta de golpe com Bolsonaro, prevendo uso das Forças Armadas para questionar os resultados das urnas.

Com o encerramento das oitivas, o processo avança para a fase de interrogatórios. No dia 9 de junho, os réus do “núcleo 1” serão ouvidos, começando pelo tenente-coronel Mauro Cid.

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