Inflação no País acelera em fevereiro e fica em 1,31%, pressionada por alta na conta de luz
Inflação acelera para 1,31% em fevereiro, a maior taxa para o mês desde 2003. Alta na energia elétrica e reajustes educacionais foram os principais responsáveis pela elevação do índice.
Inflação no Brasil
A inflação oficial no Brasil acelerou em fevereiro, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrando alta de 1,31%, após 0,16% em janeiro. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É a maior alta em fevereiro desde 2003 (1,57%) e a maior taxa desde março de 2022 (1,62%). O aumento foi impulsionado principal pelo 16,80% na energia elétrica, que afetou o índice em 0,56 p.p..
O resultado coincidiu com a previsão de analistas, que esperavam alta de 1,32%, com previsões variando de 1,23% a 1,46%.
A alta era prevista devido a:
- Devolução do bônus de Itaipu na tarifa de energia elétrica;
- Aumento dos alimentos;
- ICMS sobre combustíveis.
Nos últimos 12 meses, a taxa de inflação foi de 5,06%, acima dos 4,56% anteriores. Cerca de 92% do resultado de fevereiro está concentrado em quatro grupos: Habitação, Educação, Alimentação e Bebidas, e Transportes.
O grupo Habitação teve a maior contribuição, com alta de 4,44% (impacto de 0,65 p.p.), devido ao fim do bônus de Itaipu. A energia elétrica passou de uma queda de 14,21% em janeiro para 16,80% em fevereiro.
A maior variação foi no grupo Educação, que subiu 4,70% (impacto de 0,28 p.p.), devido aos reajustes nas mensalidades escolares.
O grupo Alimentação e Bebidas apresentou variação de 0,70%, com destaque para aumento do ovo (15,39%) e café (10,77%). As quedas incluem batata-inglesa (-4,10%) e arroz (-1,61%).
O grupo Transportes desacelerou para 0,61%, impactado por aumentos nos combustíveis (2,89%) e o reajuste do ICMS. A gasolina exerceu impacto de 0,14 p.p., enquanto o gás veicular teve redução de -0,52%.