Inflação na Argentina sobe para 3,7% em março, 2º mês consecutivo de avanço, à espera do acordo com FMI
Inflação argentina registra aumento significativo, atingindo 3,7% em março. O país enfrenta desafios econômicos enquanto aguarda a aprovação de um empréstimo do FMI para fortalecer suas reservas.
Inflação na Argentina subiu para 3,7% em março, superando os 2,4% do mês anterior. Em relação ao ano, a inflação atingiu 55,9%, conforme dados do Instituto de Estatísticas (Indec). Este é o primeiro aumento acima de 3% desde setembro.
O país enfrenta turbulências locais, com a drenagem das reservas do Banco Central e a expectativa de mudanças na taxa de câmbio após um acordo com o FMI.
Os preços aumentaram pelo segundo mês consecutivo, impulsionados especialmente por Educação (alta de 21,6%) e por Alimentos e bebidas (5,9%).
A inflação anualizada foi de 55,9%, abaixo dos 66,9% registrados em fevereiro. Após o primeiro ano de Milei, a inflação caiu de 211,4% em 2023 para 117,8% em 2024.
O governo argentino aguarda a aprovação de um novo programa do FMI, que anunciou um acordo para um empréstimo de US$ 20 bilhões. Este valor será avaliado pela diretoria do FMI.
O empréstimo visa aumentar as reservas do Banco Central, que vendeu mais de US$ 2 bilhões nas últimas quatro semanas para sustentar o peso.
Com as expectativas do acordo, os contratos futuros de dólar de curto prazo subiram 5,8%, refletindo temores de uma depreciação da moeda local, o que pode aumentar ainda mais a inflação.