Inflação medida pelo INPC, que ajusta salários, fecha fevereiro em 1,48%
O aumento no INPC em fevereiro é impulsionado pela alta de 16,96% na conta de energia elétrica, que impactou diretamente o grupo habitação. Este resultado marca o maior índice desde março de 2022 e destaca as dificuldades enfrentadas pelas famílias de menor renda.
INPC de fevereiro fecha em 1,48%, o maior resultado desde março de 2022 (1,71%) e o mais alto para meses de fevereiro desde 2003 (1,46%).
O acumulado em 12 meses é de 4,87%. Os dados foram divulgados pelo IBGE em 12 de fevereiro.
A alta é principalmente atribuída ao Bônus Itaipu, que concedeu desconto na conta de luz em janeiro, resultando em uma variação nula (0%). Com o fim do desconto, a conta de energia subiu 16,96%, impactando o grupo habitação em 4,79% e o INPC em 0,79 p.p..
Em fevereiro, os produtos alimentícios subiram 0,75%, com desaceleração comparada a janeiro (0,99%).
O INPC, utilizado para calcular reajustes salarais, reflete o custo de vida de famílias com renda de até cinco salários mínimos. Isso difere do IPCA, que considera famílias com renda de até 40 salários mínimos.
Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.518. No INPC, os alimentos representam 25% do índice, maior que no IPCA (21,86%).
A coleta de preços ocorre nas regiões metropolitanas de diversas cidades, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza.
A metodologia do INPC visa a correção do poder de compra dos salários, conforme informações do IBGE.