Inflação desacelera na Europa e consolida visão de novos cortes nos juros pelo BCE
Dados de inflação na zona do euro mostram desaceleração, potencializando a expectativa de novos cortes de juros pelo BCE. Dirigentes da instituição ressaltam a necessidade de uma abordagem flexível na definição da política monetária.
Dados de inflação da zona do euro mostram desaceleração em maio, com paises como Espanha, Itália e França contribuindo para a percepção de que o Banco Central Europeu (BCE) pode continuar a desapertar sua política monetária.
Os preços ao consumidor na Espanha aumentaram 1,9% em maio, abaixo dos 2,2% de abril. Na Itália, a inflação também desacelerou de 2,0% para 1,9%. Na Alemanha, o índice de preços subiu 2,1%, superando a previsão do mercado de 2%.
No momento, a taxa de depósito do BCE está em 2,5%, após sete cortes. O presidente do banco central da Itália, Fabio Panetta, afirma que definir a política monetária futura é complexo e deve se basear em análises cuidadosas.
Segundo Panetta, expectativas do mercado indicam uma inflação abaixo de 2% no segundo semestre de 2023, com uma previsão de 1,7% em 2026. No entanto, ele alerta que condições externas podem impactar essa perspectiva.
Por outro lado, o economista-chefe do BCE, Philip Lane, destacou que novos cortes de juros podem ocorrer se a inflação continuar caindo, mas não haverá cortes dramáticos. Ele diferenciou zonas de taxa de juros, ressaltando que níveis abaixo de 1,5% seriam apropriados apenas em situações de riscos econômicos substanciais.