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Inflação de maio é a menor em 5 anos: veja a previsão de analistas para o resto do ano

IPCA-15 mostra menor alta desde maio de 2020, com alimentos apresentando queda nos preços. Economistas indicam que resultados reforçam expectativa de pausa no ciclo de aumento da Selic, mas inflação em 12 meses ainda preocupa.

Inflação em maio apresenta alívio nos preços, conforme indicado pela prévia do IPCA-15, divulgada pelo IBGE. O índice ficou em 0,36%, abaixo do 0,43% de abril e das previsões de 0,44% do mercado.

Esse resultado representa a terceira desaceleração consecutiva e a menor alta para o mês desde maio de 2020. Economistas acreditam que isso reforça a expectativa de que o Copom interrompa o ciclo de altas na Selic na próxima reunião, em junho.

A prévia acumulada em 12 meses veio em 5,4%, acima da meta de 3% e do teto de 4,5% para 2023. Grupos como alimentação no domicílio, eletrônicos e comunicação apresentaram melhorias.

Apesar disso, Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, alerta que o processo inflacionário ainda não foi revertido. Ele destaca a influência positiva da alimentação, que compõe mais de 20% do índice.

Projeções futuras indicam que, mesmo com o alívio nos alimentos, há itens que podem pressionar a inflação, como o vestuário. Marianna Costa, economista da Mirae Asset, prevê uma inflação persistente nos próximos meses, em torno de 5,5%.

Economistas visualizam um fim do ciclo de alta da Selic, especialmente diante do aumento do IOF, que pode diminuir a pressão sobre o Banco Central. Apesar do resultado positivo, Rafaela Vitoria, economista-chefe do Inter, acha prematuro discutir a redução da Selic.

A alimentação em domicílio teve uma forte desaceleração, caindo de 1,29% em abril para 0,30% em maio. Os preços do tomate caíram 7,3%, enquanto a energia elétrica residencial subiu 1,68%, representando a maior alta do mês.

Resumo dos principais pontos:

  • IPCA-15: 0,36%
  • Inflação 12 meses: 5,4%
  • Expectativa de fim do ciclo de alta da Selic
  • Alimentos: queda significativa em preços
  • Energia elétrica: alta de 1,68%
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